quinta-feira, 16 de abril de 2009

Os Orixás

Orixá: Palavra de origem ioruba que designa as divindades dos cultos afro-brasileiros. Cada orixá está ligado a um fenômeno natural e/ou a uma atividade específica, ou ainda a um aspecto da personalidade humana.Em número superior a 600 na África, não se sabe quantos deles chegaram a ser cultuados no Brasil.Os principais são: Exu, Ogum. Oxóssi, Ossâim, Xangô, Iansã, Oxum, Oxumarê, Obaluaê ou Omolu, Iemanjá e Oxalá.

Devido à repressão da Igreja Católica, cada um deles foi associado a um santo católico.O culto aos orixás inclui diversos rituais, inclusive a oferendas de comidas e preparados ritualmente, segundo as normas particulares de cada orixá, e bebidas alcoólicas; ocorre também o sacrifício de animais (galináceos, caprinos e bovinos).

Cada pessoa tem seu orixá protetor ou, segundo os diversos cultos, um principal e um secundário, ou mais. A identificação do orixá protetor é feita pelo pai-de-santo, geralmente através do jogo de búzios.

Os protegidos - ditos filhas ou filhos-de-santo - de cada orixá podem, ap&oacutte;s o ritual de iniciação, ser possuídos ou incorporar seu orixá. No Brasil, em Cuba e no Haiti, cada um deles foi associado a um santo católico. As aventuras dos orixás femininos e masculinos, seus casamentos e conflitos, formam uma rica mitologia.

OLORUM

Orixá Masculino da criação do mundo. Foi praticamente esquecido em grande parte das casas de culto brasileiras. É o pai de Oxalá. Termos

Terreiro: Na umbanda, no candomblé e em outras religiões afro-brasileiras, local sagrado, ao ar livre ou em recinto fechado, onde se realizam cerimônias e cultos. (Cada terreiro tem seu orixá (ou santo) e seu chefe: o babalorixá ou a ialorixá.)

Filho-de-santo: Originalmente aplicado apenas às pessoas, no início mulheres, iniciadas no candomblé, o termo foi depois estendido a todo aquele que, de algum modo, cultua os orixás, identifica seus orixás protetores, etc. (após a iniciação, quando seus cabelos são raspados, as filhas-de-santo têm diversas obrigações na casa de culto, como preparar comidas-de-santo, participar de rituais e festas, etc.)

Mãe-de-santo ou ialorixá: Sacerdotisa-chefe nos cultos afro-brasileiros, responsável pela iniciação dos filhos-de-santo.

Babalaô: Sacerdote dedicado ao culto de Ifá, o orixá da adivinhação. Geralmente usa os búzios, mas também pode adivinhar com cocos de dendê ou com o obi, que é uma noz de cola cortada em duas ou quatro partes.

XANGÔ

Divindade do culto afro-brasileiro, um dos orixás mais destacados do candomblé. Orixá masculino das tempestades, dos trovões, dos raios e da justiça. Segundo a tradição oral, teria sido o quarto rei de Oyó, capital do antigo império ioruba. Filho de Iemanjá, foi casado com Iansã, com Oxum e com Obá. É representado com um rei poderoso que distribui justiça, com um machado de duas lâminas nas mãos. Características: força, retidão, orgulho, autoritarismo, sensualidade e, quando contrariado, violência. Sincretismo: no sincretismo afro-católico, aparece como São Jerônimo, possivelmente devido ao leão que acompanha a imagem do santo, animal simbólico da realeza entre os iorubas. Também aparece como Santa Bárbara, protetora contra as tempestades, e como São Jorge, devido à espada que acompanha a imagem do santo, que é identificada à insígnia do orixá, o oxé, machadinha de lâmina dupla. São Pedro e São Miguel.

Cores: vermelho e branco no candomblé e marrom na umbanda.
Oferendas: sua comida-de-santo é galo, bode, cágado, carneiro e caruru de quiabos (amalá). Locais: pedreiras ou pedra em beira de cachoeira.
Saudação: Kabiencille Xangô
Simbolismo: oché - machado de 2 lados.
Dia da semana: quarta-feira e para outros terça-feira, sendo a festa anual celebrada a 24 de junho ou 30 de setembro.

Em Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Paraíba, o termo "xangô" é utilizado genericamente pelos leigos para designar o próprio culto afro-brasileiro.

EXU

Figura muito popular e controvertida do panteão afro-brasileiro. No candomblé, é considerado, em algumas casas, um orixá e em outras, não, mas todas atribuem-lhe a função de mensageiro dos orixás, responsável por levar os pedidos dos homens às divindades e traduzir-lhes as respostas. Transita tanto pelo mundo material (ayé) quanto pela região do sobrenatural (orum).

É considerado o mais humano dos orixás por interferir nas ocorrências práticas e mundanas.

Atribuem-lhe freqüentes interferências maléficas na vida prática e espiritual.

Características: afinidade com dinheiro e ganhos materiais, sexualidade exacerbada, irreverência e, principalmente, beligerância indiscriminada.

Sincretismo: na umbanda e no folclore é considerado a personificação do Mal, identificado com o Diabo cristão.

Cores: o preto e vermelho;
Oferendas: no candomblé é homenageado antes dos orixás e quase todos os tipos de comida-de-santo lhe são oferecidas, sendo a mais comum farofa com azeite-de-dendê e pimenta, pinga, charutos e o sacrifício de um galo ou bode pretos. Locais: seus locais são as encruzilhadas, passagens, rotas, esquinas e portas;
Saudação: Laroiê
Simbolismo: Ogó (pênis de madeira, com búzios pendurados simbolizando o sêmen).
Dia da semana: segunda-feira

O aspecto feminino de Exu é a Pomba-Gira, que se destaca pelo humor, volúpia e sensualidade (cabelos soltos, saias rodadas, flores na cabeça, dança frenética).

IANSÃ

Orixá feminino iorubano, associado aos ventos fortes e tempestades. É também conhecida no Brasil por Oiá, tal como se chama na África a deusa do rio Oiá (Níger), sua forma original. Segundo as lendas, foi mulher de Ogum e trocou-o por Xangô, mas sem romper totalmente os laços com Ogum. É representada como uma rainha guerreira, com uma espada em punho. Muito corajosa, é o único orixá capaz de enfrentar os eguns, espíritos dos mortos. Características: temperamento forte, passional e autoritário, ao mesmo tempo agressivo e feliz, uma de suas características mais marcantes é a sensualidade irrefreada.

Sincretismo: identificada pelos afro-brasileiros como Santa Bárbara, tornou-se protetora contra os raios e tormentas.
Cores: suas cores são o vermelho e o branco, ou o roxo.
Oferendas: come acarajé e abará, e detesta abóbora. Sacrificam-lhe cabras e galinhas.
Locais: margem de rios, ventania.
Saudação: Epahei.
Simbolismo: Chicote (Eruexim), Raio-Zambembe, espada curta - Abebé, raio.
Dia da semana: quarta-feira, também dia de xangô, o deus dos trovões.
Festejada dentro e fora dos candomblés a 4 de dezembro.
Para outros terça-feira.
É muito popular entre as mulheres dos candomblés, sendo escolhida para santa das mais inquietas e de vida sexual mais ativa.

IEMANJÁ

Iemanjá (do ioruba yeye, mãe + eja, peixe), orixá feminino das águas, especialmente do mar. Muito cultuada em todo o país, é também chamada Janaína, Princesa de Auicá, Princesa do Aiocá, Sereia do Mar, Rainha do Mar, Senhora das Águas. Associada à gestação e à procriação, é-lhe atribuida a condição de mãe da grande maioria dos orixás, entre os quais Xangô, Iansã e Oxóssi. É representada como uma senhora branca de seios grandes, com uma coroa franjada, empunhando um leque com desenhos de peixes ou sereias. Aculturada com as sereias de origem européia e as iaras ameríndias. Segundo o atual movimento negro deveria ser negra, já que se trata de um orixá africano.
Características: sentimento maternal, afabilidade e doçura; apego à hierarquia, retidão e alguma rigidez; determinação, responsabilidade e força.
Sincretismo: sincretizada com várias Nossas Senhoras, é festejada em várias datas: em Salvador, a 2 de fevereiro (dia de Nossa Senhora do Rosário, quando um grande cortejo de barcos parte do bairro do Rio Vermelho e entra mar adentro lebando-lhe presentes). No Rio de Janeiro e em diversas partes do litoral, é festejada no Ano-Novo e em Santos (SP), a 15 de agosto e 31 de dezembro. S
ua correspondente católica, nos candomblés, é Nossa Senhora da Conceição, festejada no dia 8 de dezembro.
Cores: o azul, o rosa-claro e o azul-claro.
Oferendas: peixes do mar, arroz, milho, camarão com coco.
Locais: mar e praia.
Saudação: Odôia!
Simbolismo: Abebé (leque) de metal branco com um peixe ou em formato de peixe, concha, ondas, peixes.
Dia da semana: sábado

LOGUN EDÉ

Apesar de não ser um Orixá tão conhecido no Brasil, é bem cultuado na região da Bahia, e também no Rio de Janeiro, onde tem muitos filhos de Santo. Mas seu culto encontra-se em plena expansão. Erinlè (confundido no Brasil com Oxóssi) teria tido com Oxum, um filho chamado Lógunède (Logunedé). Assim, Logunedé é metade Oxóssi e metade Oxum. Ele é seis meses masculino-Oxóssi, vivendo sobre a terra e comendo caça, e seis meses feminino-Oxum, vivendo sob as águas e comendo peixe. Características: Sintetizando os tipos ligados a Oxóssi e a Oxum. Portanto contraditórios, gênio imprevisível, por vezes falante, por vezes solitário. Possuem elegância, vaidade e altivez.
Sincretismo: São Miguel Arcanjo. Na Bahia é sincretizado com Santo Expedito.
Cores: Amarelo ouro e azul claro alternados.
Oferendas: feijão fradinho, milho, cebola, camarão, inhame, ovo, coco, mel, dendê.
Locais: mata, fauna, flora, rios, cachoeiras.
Saudação: Lôsi Lôsi Arô.
Simbolismo: Cavalo marinho.
Dia da semana: quinta-feira.

NANÃ

Orixá feminino do fundo das águas de lago ou mar, do lodo e da lama, e da velhice. Também chamada Nanã Burucu e Anemburoquê, popularizou-se a partir do início do séc. XX. É o mais velho orixá feminino; mãe de todos os orixás, para alguns, ou apenas de Obaluaê e Oxumaré, em alguns mitos é esposa de Oxalá e está ligada à criação do mundo. É apelidada "Vovó" e, quando se incorpora, dança vagarosamente.
Características: calma, benevolência e gentileza, principalmente com as crianças.
Sincretismo: Sant'Ana.
Cores: branco e azul-claro no Candomblé e roxo na Umbanda.
Oferendas: alimentos brancos: milho branco, inhame, arroz, etc.
Locais: cachoeira.
Saudação: Saluba Salu si.
Simbolismo: Ibirin feito compalha da costa e búzios (vassoura de Nanã).
Dia da semana: Na Umbanda é terça-feira e no Candomblé é no sábado.

OBÁ

Senhora das ilhas e penínsulas e orixá que zela pelo amor. Deusa do Rio Obá. Guerreira, veste vermelho e branco, usa escudo e lança. Na dança briga com Oxum que, com artifícios, a induziu a cortar uma das orelhas para usá-la na comida de Xangô e com isso manter seu amor. Obá descobriu-se enganada, e foi repudiada por Xangô.
Características: honestidade e elevado senso moral. Guerreiros por natureza. Simples, ingênuos e crédulos. Não cultiva amigos por os acharem interesseiros.
Sincretismo: Nossa Senhora das Neves, Nossa Senhora do Mont Serrat e Santa Joana D'Arc. Cores: vermelho, branco, amarelo, marfim, rosa, coral.
Oferendas: acarajé, feijão fradinho, amalá e caruru.
Locais: em penínsulas, águas agitadas nos rios.
Saudação: Exó.
Simbolismo: escudo e a espada.
Dia da semana: quarta-feira

OGUM

Orixá masculino do ferro e da guerra e, por extensão, das competições. É um dos orixás mais conhecidos e cultuados no Brasil. Filho de Iemanjá, é irmão de Exu, com o qual se assemelha pela agressividade e beligerância. Conquistador e volúvel, ligou-se a vários orixás femininos, entre as quais Iansã, que o trocou por Xangô. Seu símbolo é uma espada prateada, e seu amuleto (ou fetiche) é uma penca de 14 ou 21 instrumentos de ferro. Quando se incorpora, dança brandindo a espada, como em combate.
Características: impetuosidade, autoritarismo, coragem, retidão e gosto pelas viagens e consquistas.
Sincretismo: identificado com São Jorge (São Paulo e Rio de Janeiro) e Santo Antonio (Bahia).
Cores: no candomblé sua cor é o azul-escuro, às vezes com o branco, e, na umbanda, vermelho e branco.
Conta: contas de louça azul escuro ou verde com riscos azuis.
Oferendas: cravos e rosas vermelhas, feijão-preto ou feijoada, acarajé, inhame assado, vela azul-marinho.
Locais: na orla das matas, nas proximidades de ruas encruzilhadas, estradas e caminhos de terra.
Saudação: Ogunhê!
Simbolismo: espada de ferro, lança, torquês, ponta de flecha, facão, enxada, enxó.
Dia da semana: quinta-feira para alguns e terça-feira para outros.
Ogum: deus nagô da guerra, Ogundelê.

AS 7 FALANGES DE OGUM
Ogum Beira-Mar (oferenda à beira-mar)
Ogum Rompe-Mato (oferenda na entrada da mata)
Ogum Megê (oferenda no lado direito do cemitério)
Ogum Naruê (oferenda no lado esquerdo do cemitério)
Ogum Matinata (oferenda no sopé de morro)
Ogum Yara (oferenda na margem de rio)
Ogum Delê (oferenda na água do mar)

Omolu

Omolu ou Obaluaê, orixá masculino das doenças, em especial de pele, e da varíola. Também chamado Abaluaê ou Omonolu, os dois nomes correspondem às formas jovem e velha de Xampanã, orixá da varíola e da peste, cujo nome é considerado tabu. Filho de Nanã, Obaluaê ficou muito doente e fraco e foi por ela abandonado, sendo recolhido e cuidado por Iemanjá. É representado com o rosto e o corpo cobertos por véus e vestes de palha e, quando se incorpora, dança em convulsões e tremendo, alquebrado, com grande sofrimento.
Características: Omolu tem o poder de enviar e curar doenças epidêmicas e individuais pelo que seu culto apresenta rígidas normas e proibições, para evitar que se encolerize.
Sincretismo: é identificado com São Lázaro e São Bento.
Cores: branco e preto, às vezes marron.
Oferendas: pipoca sem sal, feijão-preto e feijão-fradinho, aberém, etc.
Saudação: Atotô.
Dia da semana: segunda-feira.

Omolu - Omulu, orixá das doenças. Aparece sob duas formas: jovem e forte, como Obaluaiê, e velho e decrépito, como Omulu. Nos candomblés, é considerado companheiro inseparável de Ogum (deus da guerra) e de Exu; costuma-se chamá-lo de "homem da encruzilhada". É um dos orixás mais prestigiados no brasil.

OSSAIM

Ossaim é o Orixá conhecido nos cultos afro-brasileiros como o Senhor das ervas litúrgicas e medicinais, sendo por isso também o Orixá médico que tem poder de curar através das plantas medicinais, pois todas elas lhe pertencem e, apesar de muitas serem propriedade de alguns orixás e utilizadas para o ritual dos mesmos, todas são primeiramente de Ossaim. Ossaim é o Senhor das matas e florestas, ele é habitante assíduo delas, assim como Oxóssi e Obá. É ele quem tem o domínio sobre as folhas, cascas e raizes, sendo regente absoluto da Amazônia.
Características: Equilíbrio. Sincretismo: Santo Onofre e São benedito.
Cores: Verde, rosa, azul e vermelho.
Oferendas: milho.
Locais: florestas, selvas ou ao pé de uma árvore.
Saudação: Auê Aça
Simbolismo: Ramo de folhas com um pássaro pousado, indicando seus poderes de cura e magia. Dia da semana: quinta-feira.

OXALÁ

Orixá masculino do céu e da criação do mundo. Também chamado Obatalá e Orixalá, é um dos orixás mais queridos e respeitados do Brasil, principalmente na Bahia. É filho de Olorum e pai de todos os orixás; ligou-se apenas a Iemanjá, com quem teve a maioria dos filhos, e a Nanã, com teve os orixás Iroco, Oxumaré e Obaluaê. Governa, além dos céus, todos os orixás e, por extensão, a humanidade, que criou com figuras de barro cozido.
Características: extremamente pacífico, calmo e tranquilo, Oxalá é sempre o último orixá a se manifestar durante uma cerimônia. Divindade da criação; poder e proteção.
Sincretismo: habitualmente identificado com Jesus Cristo. Em sua homenagem é realizada a lavagem das escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador (BA).
Cor: sua cor é o branco.
Conta: Branca leitosa.
Oferenda: Comida branca - ebô de milho sem azeite e sem sal e acaçá; conquém, galinha branca, pombo, cabra.
Saudação: Epá Babá
Simbolismo: Pedacinhos de marfim dentro de um anel de chumbo.
Instrumentos: Capacete, couraça, e capangas, 1 espada, 1 mão-de-pilão, 1 escudo, 1 polvari.
Indumentária: Branca
Dia da semana: é a sexta-feira, pelo que muitos filhos-de-santo vestem roupas brancas neste dia.

OXÓSSI

Orixá Masculino da caça e das matas. Filho de Iemanjá, é irmão de Exu e de Ogum. Simbolizado por um arco e flecha unidos, mantém vivos os animais das matas, onde vive. Na Umbanda, Oxóssi é considerado o chefe dos caboclos, índios e boiadeiros. Orixá das matas e amigo inseparável de Ogum, é o representante da medicina na mitologia africana: para os povos nativos, suas folhas e ervas medicinais são fontes de saúde. Oxóssi habita nas entranhas das florestas virgens. É o senhor dos arbustos, protetor de toda a flora. Foi ele quem inspirou as comunidades nehras na busca do conhecimento de suas origens.
Características: liberdade e independência, às vezes solidão e individualismo.
Sincretismo: em algumas regiões é identificado com São Jorge; em outras, com São Sebastião.
Cor: sua cor é o azul-claro no candomblé e verde na umbanda.
Oferendas: Axoxô, milho e coco.
Locais: matas.
Saudação: Oké Arô Odé
Simbolismo: Arco e flecha.
Dia da semana: quinta-feira

OXUM

Orixá feminino das fontes e rios, da beleza e da riqueza. É irmã e esposa de Xangô, assim como Iansã e Obá. Representada como uma jovem muito bonita e vaidosa, quando se incorpora dança como se estivesse tomando banho em um rio, penteando os cabelos e olhando-se ao espelho; sacode os braços para ouvir tilintar os braceletes. Tem também uma dança guerreira. Rege também a fertilidade das mulheres e a riqueza.
Características: além da graça e beleza, são suavidade, gentileza, jovialidade e uma sensualidade intensa, mas discreta.
Sincretismo: é sincretizada com diversas santas católicas, entre as quais Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Conceição e a Virgem Maria.
Cor: amarelo-ouro.
Oferendas: ovos, abará, ipetê, banana, canjica, xinxim, omolucum.
Locais: rios ou nascentes.
Saudação: Ora Ieiê. Simbolismo: espelho, abebé com estrela.
Dia da semana: sábado.
Tem várias formas, com diferentes idades e seu oxé é o seixo.

OXUMARÉ

Orixá masculino e feminino do arco-íris e das chuvas.É filho de Nanã e passa metade do ano na forma masculina e a outra metade na forma feminina, quando é chamado Bessém. É representado por uma serpente, pois na África o arco-íris é mitologicamente descrito como uma grande serpente das águas que se eleva até o céu. Quando incorpora, dança apontando alternadamente para o céu e para a terra, revelando a dualidade característica do orixá. Rege o bom tempo, enviando as chuvas na quantidade ideal para a lavoura.
Características: a mutação e renovação constantes também são características de Oxumaré, além da dualidade.
Sincretismo: é identificado a São Bartolomeu.
Cores: são o verde e amarelo ou todas as cores do arco-íris.
Oferendas: secas - milho branco, acarajé, paçoca, coco, mel, feijão, ovos e dendê; outras - azeite, camarões, cebola, acaçá.
Locais: como Oxum, recebe as oferendas nas cachoeiras.
Saudação: Ru Boboi Dan
Simbolismo: Tridente com uma cobra, Arco-íris.
Dia da semana: segunda-feira e para outros terça-feira.

Fonte: www.terrabrasileira.net

Assédio à médiuns umbandistas

Texto extraído do livro “Jardim dos Orixás” de Ramatís, obra psicografada pelo médium Norberto Peixoto (Editora do Conhecimento).

Pergunta: Quais as vossas considerações para que se mantenham as condições vibratórias à “altura” dos Guias e Protetores? Por que isso é tão difícil, em alguns casos quase impossível, exigindo um esforço hercúleo?

Ramatís: A própria condição de existência na carne vos torna frágil diante dos desafios da vida diária. A necessidade do ganho financeiro para o sustento, a competição, o estresse dos cidadãos, os congestionamentos de vosso trânsito, a poluição do meio ambiente, o excesso de ruído, as drogas e os vícios em geral, a violência contínua e ininterrupta, tudo isso e muito mais, são fatores que tornam a existência terrena um grande desafio para o espírito encarnado.

Os médiuns, por terem uma maior sensibilidade em relação aos planos suprafísicos, encontram potencializadas as suas agruras. Afora as questões existenciais ligadas à matéria ? um filho fica doente inexplicavelmente, faltam as moedas para os alimentos e o aluguel da humilde casa, o chefe tirano persegue diuturnamente a esposa no trabalho, o automóvel com prestações vincendas é roubado em pleno dia, entre outros tormentos ? tendes que lidar com o mundo do além-túmulo, nada amigável, pois adversários de outrora tudo fazem para vos derrubar.

Deveis ter em mente, de forma cordial, vossos defeitos e fragilidades, não pretendendo parecer santos em convento. A verdadeira iniciação se dá na luz do dia-a-dia, no redemoinho do mundo profano de vossa sociedade atual, contaminada de imoralidade, apegada aos prazeres materiais e sexuais, vaidade e sensualismo exacerbado. É quadro que se agrava entre os medianeiros, sendo eles os maiores obstáculos de si próprios por suas fraquezas da alma e pelas ressonâncias de vidas passadas que ficam intensificadas no labor mediúnico. O mecanismo de sintonia com o lado de cá, fundamental para o socorro dos estropiados do astral inferior, apóia-se em vossos defeitos e lembranças anímicas imorais ? eis que semelhante cura semelhante. Antes de almejardes a contínua assistência vibratória dos Guias e Protetores, deveis, gradativamente, ir expurgando vossas nódoas através do trabalho socorrista continuado, “purificando-vos” através do atrito implacável do carma, que com suas ferramentas moldará a futura peça de ourivesaria para ocupar o cofre imortal do EU SUPERIOR.

Pergunta: Parece-nos que nos médiuns umbandistas os assédios são ininterruptos, como se tivessem que estar sempre prontos para serem atacados pelos magos negros e suas organizações a qualquer momento. Isso é real?

Ramatís: Por atuarem diretamente no Umbral Inferior, situação que se intensifica neste início de Terceiro Milênio, pela necessidade urgente de higienização da psicosfera terrícola, os revides, perseguições e assédios das Sombras são costumeiros. Sendo assim, fica a impressão de que os aparelhos umbandistas são costumeiramente atacados, situação que é verdadeira, o que não quer dizer que não haja proteção aos abnegados trabalhadores que se entregam à passividade mediúnica nos terreiros.

As características de trabalhos dos médiuns da Umbanda exigem contínua cobertura vibratória das falanges protetoras do lado de cá. Os “confrontos” e “demandas” contra as organizações das trevas são costumeiras, já que a justiça divina se movimenta arduamente para as remoções de comunidades do além-túmulo cristalizadas no mal, nesta Nova Era. Por absoluta falta de canais mediúnicos em outros agrupamentos espiritualistas na Terra ? tristemente verificamos a diminuição a até a completa desativação de trabalhos desobsessivos e de manifestação, pela psicofonia, de espíritos sofredores¹ ? cada vez mais os espíritos benfeitores do Astral Superior utilizam os medianeiros da Umbanda e da Apometria. Para a Espiritualidade, entretanto, vossa nomenclatura pouco importa.

Preocupamos-nos com a tarefa a ser realizada, assim como procedia o Cristo-Jesus na sua estada entre vós.

Nota1. contrariando Jesus, que nos ensinou: “Os sãos não precisam de médicos”, inúmeros centros e federações espíritas, estão deixando de realizar trabalhos de desobsessão, alegando que o ser humano deve usar o poder da mente e promovendo a reforma íntima, para se proteger contra a obsessão. Tal procedimento anticristão, deixa desamparados milhares de desencarnados que precisam receber tratamentos espirituais e harmonizantes, para terem condições de receberem socorro das falanges benfeitoras do Astral superior, com isso, os agrupamentos umbandistas, assumem maiores responsabilidades com estes irmãos necessitados.

Aspectos das giras de caridades

Texto extraído do livro “Evolução do Planeta Azul” de Ramatís, obra psicografada pelo médium Norberto Peixoto (Editora do Conhecimento).

Pergunta: Podeis descrever-nos, sob o ponto de vista do Plano Astral, a movimentação invisível aos nossos olhos carnais que ocorre nessas giras de caridade, praticada nas casas de Umbanda?

Vovó Maria Conga: Toda casa de Umbanda que é séria e faz a caridade gratuita e desinteressada é um grande hospital das almas, tendo o apoio de falanges espirituais do Astral Superior. Essas giras de caridade são grandes pronto-socorros espirituais, onde não se escolhe o tipo de atendimento, estabelecendo enormes demandas no Além. Os consulentes que procuram os Pretos Velhos e Caboclos para a palavra amiga e o passe, avançam trazendo os mais diversos tipos de problemas: doenças, dores, sofrimentos, obsessões, desesperos, etc. Processa-se a caridade sem alarde, pura, assim como o Cristo-Jesus procedia, atendendo a todos que o procuravam.

É indispensável um ambiente harmonioso e de energias positivas no grupo de médiuns que formarão a corrente vibratória. Para se conseguir as vibrações elevadas, se cantam pontos, que são verdadeiros mantras, faz-se a defumação com ervas de limpeza físio-etérea e espargem-se essências aromáticas que auxiliam a elevar as vibrações.

No Plano Astral, estabelece-se um campo vibratório de proteção espiritual. Vários quarteirões em volta do local da gira ou templo, os Caboclos e Guardiões já se colocam com seus arcos e flechas com dardos paralisantes e soníferos. Bandos de desocupados e malfeitores tentam passar por esse cordão de isolamento, mas são repelidos por uma espécie de choque, através de uma imperceptível malha magnética. Outras entidades que acompanham os consulentes não são barradas e, ao adentrar a casa, são colocados em local apropriado de espera. Várias entidades auxiliares lhes prestam socorro e preparação inicial. Por isso, os consulentes sentem muita paz quando entram numa casa e aguardam o momento da consulta.

No ato da consulta, o Guia ou Protetor está trabalhando junto ao médium e dirige os trabalhos, tendo vários auxiliares invisíveis que ainda não “incorporam”.

Havendo necessidade, é dada passagem para as entidades obsessoras ou sofredoras que estão acompanhando os consulentes, como descrito em resposta anterior. Manipulam com grande destreza o ectoplasma? do médium, que é “macerado” com princípios ativos eterizados de ervas e plantas, fitoterápicos astralizados usados para a cura. Os espíritos da natureza trabalham ativamente buscando esses medicamentos naturais nos sítios vibratórios que lhes são afins, bem como recolhem, para a manipulação perfeita do Caboclo ou Preto Velho, as energias ou elementais do fogo, ar, terra e água, que sempre estão em semelhança vibratória com os consulentes, refazendo as carências energéticas localizadas. É a magia dos quatro elementos utilizada para amenizar os sofrimentos dos homens.

Nos casos em que se requer atendimento à distância, nas casas dos consulentes, ficam programados trabalhos para a mesma noite ou posteriores, dependendo da urgência. Há intensa movimentação e praticamente nunca descansamos. Numa casa grande, bem estruturada, chegamos a atender 500 a 600 consulentes, sendo que a população de espíritos desencarnados socorridos numa gira com essa demanda pode chegar a 4 mil. Os chefes de falanges “anotam” todos os serviços que serão realizados durante e após a gira, pois as remoções e socorros continuam ininterruptamente, sendo o dia de caridade pública aos encarnados o cume da grande montanha que se chama caridade.

Pergunta: Poderíeis nos dar maiores esclarecimentos sobre esses atendimentos à distância nas casas dos consulentes? Quais são os tipos de serviços “anotados” pelos chefes de falanges, e o que ocorre nessas remoções socorristas?

Vovó Maria Conga: Esses atendimentos são em geral de remoção de comunidades de espíritos sofredores que ficam habitando junto à casa do filho doente e que procurou auxílio espiritual. Os chefes de falanges organizam os socorros que serão realizados em espécie de ronda que irão dirigir. Como são espíritos experientes nessas lides já sabem antecipadamente os imprevistos com que se depararão: vampiros, torturadores de aluguel, irmãos com aparências animalescas, resíduos e fluídos pútridos, drogados e viciados em sexo, enfim, verdadeiras comunidades sofredoras e maldosas habitando a mesma área etérea. Os Caciques vão à frente liderando os comandados. É montada rede magnética de detenção à volta do local a ser higienizado. As falanges de apoio ficam em guarda em torno do local, e esse bolsão de miséria é removido para localidades hospitalares do Astral que comportam a densidade espiritual de cada envolvido, onde os socorristas aguardam para o atendimento de urgência de todos esses filhos.

Glossário1.

Ectoplasma = Para o cientista Charles Richet, é uma substância que se acredita ser a força nervosa e possui propriedades químicas semelhantes às do corpo físico, de onde provém. Apresenta-se sob um aspecto viscoso, esbranquiçado, quase transparente, com reflexos leitosos, bem como evanescente sob a luz. É considerado a base dos efeitos mediúnicos chamados físicos, pois é através dele que os espíritos podem atuar sobre a matéria. Entretanto, para os espíritos, o ectoplasma é geralmente conhecido como um plasma de origem psíquica, que se exala principalmente do médium de efeitos físicos e um pouco dos outros. Trata-se de uma substância delicadíssima que se situa entre o perispírito e o corpo físico e, embora seja algo disforme, é dotada de forte vitalidade, servindo de alavanca para interligar os planos físico e espiritual. Nas materializações, não é utilizado diretamente o ectoplasma puro exalado pelo médium. É necessário combiná-lo com outros fluidos (espirituais, físicos), ou seja, utilizar nas materializações o ectoplasma elaborado.

(Fonte: Revista Cristã de Espiritismo – Edição Especial – Aparições de espíritos – ano 02 – número 06).

As defumações e as ervas de efeitos psíquicos

Texto extraído do livro “Magia de redenção” de Ramatís, obra psicografada pelo médium Hercílio Mães (Editora do Conhecimento).
Pergunta: A defumação feita pela queima de ervas odorantes afasta os maus fluídos, ou trata-se apenas de crendice?
Ramatís: Antigamente era crendice colocar prego enferrujado no vinho para reconstituir o sangue, mas, hoje, a farmacologia moderna prepara qualquer medicação contra a anemia, acrescentando-lhe “citrato de ferro”, ou seja, algo de prego enferrujado! No futuro, a Botânica também demonstrará, cientificamente, que durante a queima de ervas odorantes desprendem-se energias ocultas, potencializadas no éter vegetal e que podem afastar os maus fluídos do ambiente onde atuam.
Sem dúvida, seria absurdo alguém mobilizar fumaça de ervas, para limpar paredes, abrir janelas ou descascar batatas. Mas não é insensato a fumaça afastar, dispersar fluidos nocivos, obedientes à mesma lei de correspondência vibratória, que permite ao homem-matéria acomodar-se numa cadeira material, e o espírito desencarnado sentar no seu corpo astral numa cadeira confeccionada de substância astralina.
Pergunta: Como poderíamos ter uma idéia melhor do efeito energético da defumação atuando simultaneamente no plano astral e etérico?
Ramatís: Desde o instante em que as ervas principiam a germinar no seio da terra até o momento em que são colhidas, elas extraem do solo toda a sorte de minerais, vitaminas, proteínas, sais químicos e umidade, além de imantadas pelos raios solares, eflúvios elétricos e magnéticos provindos da própria Lua, além de impregnados do ectoplasma terráqueo, supercarregados de éter-físico, prana e da energia vigorosa que é o fogo “Kundalíneo” (energia do centro da Terra).
Algumas plantas são fontes prodigiosas de utilidades benfeitoras à humanidade, já na sua contextura física, como é a carnaubeira, vegetal da família das palmáceas. O homem pode extrair dela: açúcar, sal, álcool, ração para o gado, madeira para habitação, combustível para iluminar, resina para cola, medicamentos para sífilis, úlceras, erupções e reumatismo. São mais de 40 utilidades já catalogadas nessa planta maravilhosa, cujo poder e serventia, considerados apenas no campo físico, ainda prolongam-se pelo mundo etéreo-astralino, num campo de forças incomuns!
Enfim, todo o potencial que se elabora no seio da planta, durante os meses de sua vivência no solo seivoso da terra, depois é liberto em alguns minutos da defumação, projetando em torno um potencial de forças, que, além de sua manifestação propriamente física, ainda desagregam miasmas e bacilos astralinos disseminados no ambiente humano. A queima de ervas defumadoras também obedece a uma determinada disciplina mental ou concentração, atraindo a cooperação de espíritos de Pretos Velhos, Caboclos e Bugres, simpáticos a tal processo tradicional de defesa psíquica, os quais ajudam a amenizar na limpeza das pessoas enfeitiçadas.
Considerando que a matéria é energia condensada em “descida” vibratória do mundo oculto, a defumação representa uma operação inversa ou liberação de energias, as quais passam a repercutir novamente nos planos etéricos e astralinos de onde se originaram. O perfume, ou a exalação natural das plantas, também age na emotividade e na mente do ser, pois o seu odor associa idéias e reminiscências místicas, conforme acontecia nos templos iniciáticos do Egito, da Grécia, Índia e Caldéia. A defumação de incenso, sândalo e mirra, tão tradicional e estimulante para o espírito, que produzia uma condição receptiva e inspirativa simultaneamente nos planos físico, astral e etéreo, ainda hoje é uma espécie de bálsamo espiritual, quando feita nos templos católicos.
Pergunta: Mas a defumação pode afastar espíritos mal-intencionados?
Ramatís: Há certos tipos de ervas cuja reação etérica é tão agressiva e incômoda, que torna o ambiente indesejável para certos espíritos, assim como os encarnados afastam-se dos lugares saturados de enxofre ou gás metano dos charcos. Aliás, as máscaras contra gases provam suficientemente quanto à existência de certas fumacinhas que também podem aniquilar os seres humanos!
Há perfumes que inebriam determinadas pessoas, mas causam cefaléias, tonturas e até náuseas noutras criaturas. O odor ácido e picante do alho e da cebola, que aguça o apetite nas saladas das churrascarias, depois é detestado pela produção do mau hálito. Durante a queima de ervas produzem-se reações agradáveis ou desagradáveis no mundo oculto, porque, além de sua propriedade física, elas também libertam outras energias provenientes do armazenamento do éter e do magnetismo físico no duplo etérico do vegetal. O cheiro ou a exalação das ervas e flores que afetam o olfato dos encarnados também é um campo vibratório a influir fortemente nos desencarnados, e essas emanações fluídicas penetram diretamente no perispírito.
Cada espécie vegetal no mundo possui a sua característica fundamental e atende a uma necessidade na Criação. A mesma seiva venenosa da cicuta, que mata, hoje serve benfeitoramente na medicina homeopática, curando convulsões, estrabismo, efeitos de comoção no cérebro ou da espinha. Deus não criou as espécies vegetais apenas como enfeites do mundo; pois elas atendem simultaneamente às necessidades da vida manifesta no plano físico, etéreo e astralino.
Há plantas que atingem violentamente o perispírito dos próprios encarnados, como o “pau-de-bugre” ou aroeira, causando distúrbios alérgicos pela via comum do olfato; outras como a maconha, o ópio, o cáctus “peyot”, de onde se extrai a mescalina, produzem inúmeras seqüências psíquicas, desde a alucinação pela queda vibratória no baixo astral, até a visão deliciosa e deslumbrante do duplo etérico das cousas e seres do mundo terreno! Há vegetais cujas auras são pestilentas, agressivas, picantes ou corrosivas, que põem em pânico alguns desencarnados de vibração inferior. Os antigos magos, graças ao seu conhecimento e experiência incomum, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam fronteiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou “pesados” que tencionavam turbar-lhes os trabalhos de magia!
Pergunta: Então é aconselhável enxotarmos os maus espíritos com a defumação de ervas vigorosas?
Ramatís: A defumação feita com o propósito deliberado de “enxotar” espíritos malfeitores pode enraivecê-los de maneira imprudente. Eles são vingativos e sensíveis no seu amor-próprio, podendo afastar-se temporariamente devido às condições do ambiente que freqüentam, mas depois desforram-se de maneira mais perversa, semeando as piores conseqüências nos lares cuja defesa ainda é a defumação em vez da cristificação! Sem dúvida, o orgulho e amor-próprio de tais entidades são tão comuns e sensíveis como é próprio dos vivos!
É imprudência os encarnados hostilizarem os espíritos malfazejos ou adversários cármicos, os quais estão protegidos pelo mundo oculto e ainda podem avaliar as vulnerabilidades dos seus desafetos encarnados! Embora a defumação modifique o teor energético do ambiente onde é aplicada, a verdadeira defesa ainda é a que proporciona uma conduta evangélica estribada incondicionalmente nos ensinos de Jesus! Quem defuma a sua casa rogando a Deus para afastar dali os espíritos maus, trevosos, diabólicos ou atrasados, apenas desafia o inimigo oculto para uma desforra mais violenta. Jamais esses nômades das sombras tolerarão o insulto dos encarnados, mas apenas aguardarão a oportunidade favorável para então vingarem-se impiedosamente.
Pergunta: A finalidade da defumação é apenas de libertar energias etéricas e astralinas bombardeando os maus fluídos ou ainda possui outra função mais física?
Ramatís: A defumação é um recurso benéfico solicitado ao vegetal, que além de elevar a vibração psíquica do ser, ainda purifica o ambiente fluídico, assim como se fazia outrora nos templos egípcios, babilônicos, hindus e persas. Hoje, a defumação é fundamento nos templos rosacrucianos, lojas teosóficas, “tatwas” esotéricos, igrejas católicas, terreiros de Umbanda e reuniões de iogues. Trata-se de um recurso intuído pelos próprios mentores do Universo, para que o homem encarnado preencha com o odor agradável do vegetal o abismo vibratório existente entre os dois mundos da matéria e do espírito.
A defumação sensibiliza a “psique”, torna o ambiente agradável e estabelece um contato eufórico com o mundo oculto. Só as pessoas rudes ou confusas podem considerar a defumação benfeitora uma superstição ou dogma. Quantos espíritas, que condenam a defumação como um recurso infantil e supersticioso, no mesmo instante de sua crítica injusta queimam cigarros e cigarros, alimentando um vício censurável? Paradoxalmente, a criatura condena a queima de ervas odorantes que beneficia o ambiente tornando-o mais suave e fragrante, e suga a fumaça tóxica da nicotina do cigarro, que lhe hostiliza a delicadeza respiratória dos pulmões!

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